Theo Simões da Mota Guedes

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• 2022 - Atual

  AVALIAÇÃO SOBRE O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ENTRE MÉDICOS RESIDENTES DO PROGRAMA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE NA CIDADE DO RECIFE, Descrição: A insuficiência cardíaca (IC) é doença de alta prevalência e mortalidade em que o manuseio inicial deve ser realizado pelo médico não especialista1. Sua incidência aumenta com o avançar da idade. Condição que vem ocorrendo no país pelo envelhecimento populacional. A principal etiologia é a cardiomiopatia dilatada, mas no registro Breath, registro brasileiro sobre a etiologia da IC, mostrou que a cardiopatia isquêmica foi a principal etiologia. Esse registro foi baseado no diagnóstico de admissão hospitalar. Na região do Centro-Oeste, a etiologia mais frequente foi a doença de Chagas (DC)2. A DC é uma causa sempre a ser pensada nos países da América-Latina, conforme a epidemiologia e o fenótipo apresentado. Pois essa cardiopatia tem algumas particularidades, tanto em relação a apresentação dos sintomas, quanto aos dados do exame físico3. Sintomas de dispneia e edema são a marca registrada da IC. No contexto do exame físico, o achado de estase jugular aumenta a possibilidade diagnóstica dessa patologia, assim como desvio do ictus cordis, pulsações anormais para-esternal e apical4. Dados que devem ser explorados no curso médico pela simplicidade de execução e por serem capazes de discriminar doentes e não-doentes com IC. Ainda é muito comum acreditar que todos os pacientes com essa síndrome vão apresentar edema de membros inferiores. Como a maior parte desses doentes são atendidos, inicialmente, por médicos internistas; o termo IC congestiva foi mudado para apenas IC, conforme publicação recente, Universal Definition and Classification of Heart Failure, evitando assim o subdiagnóstico por profissionais médicos não especialistas1. A IC é classificada, conforme a fração de ejeção (FE), em reduzida, levemente reduzida e preservada, respectivamente denominada de ICFER, ICFEL e ICFEP3,4. A importância clínica resulta na diferença que existe entre elas na intervenção terapêutica. Na ICFER, definida como FE < 0,4, existem drogas efetivas na redução de mortalidade. Nas demais formas de classificação da IC, ou seja, ICFEL e ICFEP, as drogas, ora disponíveis, mostraram-se úteis mais para controle de sintomas. Percebe-se a importância do ecocardiograma para definir o tratamento que a longo prazo reduz mortalidade. O manuseio do edema nessa síndrome, conforme o grau de intensidade, requer o uso de diurético injetável. Em geral, doses elevadas são recomendadas, a fim de evitar a progressão dos sintomas e evolução para uma síndrome cardiorrenal. Por vezes, essa conduta é subestimada nos pacientes com essa patologia, aumentando a taxa de hospitalização. Considerando o envelhecimento populacional e incidência aumentada da IC, a recomendação é de que o manuseio inicial dessa síndrome deva ser pelo médico de família. Um treinamento sobre o manuseio das drogas redutoras da mortalidade nessa síndrome é recomendado, uma vez que médicos não especialistas prescrevem em menor intensidade o tratamento recomendado7. Esse projeto visa avaliar o conhecimento do diagnóstico e o tratamento dessa síndrome cardíaca de alta prevalência pelos médicos residentes do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade da cidade do Recife e traçar metas para melhorar o tratamento e o diagnóstico da IC na rede básica de saúde.. , Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. , Alunos envolvidos: Graduação: (4) / Doutorado: (1) . , Integrantes: Theo Simões da Mota Guedes - Coordenador / Mateus Interaminense Perez - Integrante / Maria Cecília Silveira Villela - Integrante / Vitor Luiz de Andrade Barbalho - Integrante / Marianne Regina Araújo Sabino - Integrante / Maria das Neves Dantas S. Barros - Integrante.

Prêmios